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Brasil

Um gesto simples feito com uma mão que ajuda a salvar vítimas de violência

Um gesto internacional

Publicada em 20/07/2024 às 12:11h - 238 visualizações

Redação


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Um gesto simples feito com uma mão que ajuda a salvar vítimas de violência
 (Foto: Redação)

Um sutil sinal de socorro criado por uma fundação canadense para ajudar as vítimas de violência está circulando pelo mundo, mas o que ele significa?

O sinal é conhecido como #SignalForHelp (Sinal por ajuda, em tradução livre para o português) e significa: "Preciso de ajuda, violência baseada em gênero".

Ele foi criado para a Canadian Women's Foundation, uma ONG de proteção a mulheres sediada no Canadá, por uma agência de publicidade de Toronto. O objetivo era abordar o aumento dos casos de violência doméstica durante a pandemia, principalmente nos primeiros confinamentos, e seu uso desde então vem se popularizando.

No Brasil, a violência de gênero continua sendo um grave problema. Em 2023, foram registrados 1.463 casos de feminicídio, o maior número desde a criação da lei contra esse tipo de crime em 2015. Isso significa cerca de 1 caso a cada 6 horas. Além disso, 18 estados apresentaram uma taxa de feminicídio acima da média nacional, com 1,4 mortes para cada 100 mil mulheres. Os estados mais violentos foram Mato Grosso, Acre, Rondônia e Tocantins. Por outro lado, Ceará, São Paulo e Amapá registraram as menores taxas. Vale ressaltar que a subnotificação pode ser um desafio, especialmente em alguns estados

A violência de gênero no Brasil tem raízes profundas e complexas. Algumas das principais causas incluem:

Desigualdade de Gênero: A desigualdade entre homens e mulheres, perpetuada por normas culturais e sociais, contribui para a violência. A objetificação das mulheres, a divisão desigual de tarefas domésticas e a disparidade salarial são exemplos disso.

 

 

Cultura Machista: Normas culturais que reforçam a superioridade masculina e a submissão feminina alimentam a violência. O Brasil tem uma história de machismo arraigado, o que afeta as relações de poder e a segurança das mulheres.

Impunidade: A impunidade para crimes de violência de gênero é um problema persistente. Muitos casos não são denunciados ou não resultam em condenações efetivas, o que perpetua o ciclo de violência.

 

 

Revenge Porn e Assédio Online: A disseminação de conteúdo íntimo sem consentimento (revenge porn) e o assédio online intimidam e constrangem as vítimas, especialmente mulheres.

 

 

Violência Sexual: O Brasil enfrenta altas taxas de violência sexual, afetando milhões de pessoas. A cultura do estupro e a falta de educação sobre consentimento contribuem para esse cenário.

 

 

Feminicídio: O aumento dos casos de feminicídio reflete a falta de proteção efetiva para as mulheres. A subnotificação e a impunidade também são desafios.

Para combater essa violência, é crucial promover a igualdade de gênero, fortalecer a legislação e garantir que as vítimas sejam ouvidas e apoiadas.

Em 3 etapas

O gesto é feito em três etapas: a vítima levanta a mão com a palma voltada para fora, depois dobra o polegar e, por fim, fecha os outros dedos sobre ele, encapsulando-o para se referir a "sentir-se preso ou confinado".

A palma da mão deve apontar para a pessoa a quem se pede ajuda.

Segundo Andrea Gunraj, vice-presidente de Compromisso Público da Canadian Women's Foundation, a ideia era conceber "um gesto simples com uma das mãos que pudesse ser usado (inicialmente, em videochamadas) sem deixar rastros digitais, e que seria muito útil quando alguém estivesse preso em uma casa violenta", disse ela à emissora pública canadense CBC.

Para chegar ao sinal mais adequado, foram analisados diferentes movimentos, outros gestos de mão e linguagens de sinais internacionais, acrescentou Graham Lang, diretor de criação da agência de publicidade Juniper ParkTBWA, que trabalhou no desenvolvimento da campanha. "Era fundamental que fosse único e diferente para não causar confusão entre línguas e culturas".

Um gesto internacional

O gesto vem se espalhando desde o lançamento da campanha, em abril de 2020. Uma adolescente de 16 anos que foi dada como desaparecida por seus pais em 2 de novembro em Asheville, Carolina do Norte (Estados Unidos), o usou para alertar sobre o perigo que corria.

Uma pessoa que chamou a polícia observou que a jovem "parecia perturbada" e que o motorista era um homem mais velho. As autoridades prenderam o homem de 61 anos, acusado de ter sequestrado a adolescente.

"Foi um grande alívio saber que essa jovem foi capaz de fazer o gesto e que as pessoas entenderam o que estava acontecendo", disse Gunraj.

A notícia se espalhou rapidamente pela plataforma TikTok.

Vídeos mostrando o sinal de ajuda também foram amplamente divulgados no Reino Unido, especialmente após o assassinato da jovem Sarah Everard em março, o que gerou um debate sobre a segurança das mulheres nas ruas do país.

Segundo o site de notícias publicitárias AdAge, desde o lançamento da campanha, o sinal de socorro contra a violência foi compartilhado em mais de 40 países, e mais de 200 organizações internacionais o adotaram.

Gunraj disse que a entidade ouviu falar de pessoas que viram o gesto e conseguiram agir e garantir que a vítima recebia apoio.

A ideia é que o sinal continue a ser utilizado globalmente, por isso a Canadian Women's Foundation criou imagens e instruções em inglês, francês e espanhol, com o objetivo de que ele possa continuar a ser compartilhado em todo o mundo.

Existem várias maneiras pelas quais você pode contribuir:

Conscientização: Eduque-se sobre o tema e compartilhe informações com amigos e familiares. Quanto mais pessoas estiverem cientes, maior será o impacto.

 

 

Denuncie: Se você testemunhar ou souber de casos de violência, denuncie às autoridades competentes. Isso pode ser feito por meio do Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou diretamente à polícia.

 

 

Chame a polícia ou peça ajuda a outras pessoas próximas.

 

 

Promova a Igualdade: Desafie estereótipos de gênero e promova a igualdade em sua comunidade. Isso inclui questionar piadas machistas e comportamentos discriminatórios.

Participe de Campanhas:

 

 

Acompanhe campanhas e movimentos que buscam conscientizar e combater a violência de gênero. Compartilhe nas redes sociais e envolva-se. Lembre-se de que cada pequena ação conta e pode fazer a diferença. Juntos, podemos criar um ambiente mais seguro e igualitário para todos.

 

 

Para saber mais acesse: Painel 180




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