Pouco frequentada ou conhecida, nos arredores de Santa Bárbara d'Oeste, há uma estátua que guarda segredos e histórias inquietantes. A estátua do Cristo, um patrimônio histórico da cidade, importada da França pelos antigos proprietários da Usina Santa Bárbara. Instalada em 1930, hoje repousa entre os majestosos flamboyants e ficus, a estátua se ergue imponente na estrada que liga a usina ao centro da cidade, conhecida como Alameda dos Flamboyants.
Os antigos moradores contam que "O Cristo recebia de braços abertos os moradores e os visitantes da Usina". No entanto, há uma lenda que envolve essa estátua em um véu de mistério e Fé. Dizem que, até os dias de hoje, em noites muito silenciosas, é possível ouvir o cortejo dos antigos colonos e devotos, ainda cantando velhos hinos em homenagem ao Cristo Redentor da Usina.
Aqueles que se aventuram pela Alameda dos Flamboyants durante essas noites relatam sentir uma presença inquietante e ouvir cânticos que parecem vir de um tempo esquecido. As sombras das árvores dançam ao ritmo dos hinos, e uma brisa percorre a estrada, trazendo consigo murmúrios de preces antigas. Alguns afirmam ter visto figuras espectrais caminhando em procissão, com velas tremeluzentes que iluminam seus rostos e olhos vazios.
A estátua do Cristo, com seus braços abertos, parece observar tudo com um olhar sereno, mas há quem diga que, em certos momentos, seus olhos parecem seguir os visitantes, como se guardasse um segredo. A lenda conta que os antigos colonos e devotos, que dedicaram suas vidas à Usina, ainda retornam para prestar suas homenagens.
Mas, uma coisa é certa: a estátua do Cristo da Usina Santa Bárbara é um símbolo carregado de mistério e histórias que desafiam a compreensão humana. Aqueles que ousam explorar a Alameda dos Flamboyants em noites silenciosas devem estar preparados para encontrar mais do que apenas uma estátua – talvez, um vislumbre do passado que ainda ecoa na escuridão.