Na entrada da cidade de Santa Bárbara d'Oeste, há uma rotatória com uma réplica da Romi Isetta. O Romi-Isetta é motivo de orgulho para os barbarenses, já que foi na fábrica Romi S.A, instalada na cidade, que o veículo foi produzido e lançado no mercado nacional. A produção do automóvel é considerada um marco para a indústria automobilística, sendo o primeiro carro de passeio fabricado no Brasil.
Mas, dizem que ali, uma fantasma solitário espreita, buscando companhia eterna.
Há muitos anos, uma jovem chamada Clara foi tragicamente atropelada por uma Romi Isetta no dia de seu casamento. Sua vida foi interrompida de forma abrupta, deixando um vazio que ela tenta preencher até hoje. Clara, agora um espírito inquieto, vaga pela rotatória, esperando atrair alguém para sua companhia.
Os motoristas que passam por ali à noite relatam sentir um frio inexplicável e sentir a presença de alguém observando à beira da estrada. Alguns dizem que seus carros falham misteriosamente, forçando-os a parar. É nesse momento que Clara se aproxima, sussurrando promessas de companhia eterna.
Ela se sente terrivelmente sozinha, e sua dor é palpável. Clara não deseja fazer mal, mas seu desejo desesperado por companhia a leva a atrair homens para seu destino trágico. Aqueles que sucumbem ao seu chamado nunca mais são vistos, tornando-se parte do séquito de almas que a acompanham.
Dizem que a aparição ocorre na Romi Isetta, como se fosse um eco de sua última lembrança em vida. É como se o carro guardasse um segredo sombrio, uma ligação misteriosa entre o passado e o presente, onde sua presença ainda pode ser sentida.
Então, se você estiver dirigindo pela rotatória de Santa Bárbara d'Oeste à noite, mantenha os olhos abertos e o coração firme. Clara está à espreita, e ela não quer ficar sozinha. Ela quer pegar uma carona com você. E quem sabe encontar seu futuro marido.