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CONTOS ESTRANHOS DE SANTA BÁRBARA

As Meninas decapitadas de Santa Bárbara

A História da Menina Bárbara e de sua amiga Juliana

Publicada em 03/02/2025 às 09:44h | Redação  | 196 visualizações

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As Meninas decapitadas de Santa Bárbara
 (Foto: Redação)


Santa Bárbara d'Oeste e uma cidade conhecida por seus mistérios e contos estranhos. Suas ruas guardam histórias que poucos ousavam desvendar. Entre essas lendas, a mais enigmática era a da Menina Bárbara e sua amiga Juliana.

Bárbara nasceu na cidade de Nicomédia, na antiga região da Bitínia, onde hoje se localiza Izmit, na Turquia. Ela era uma jovem de beleza radiante, filha única de Dióscoro, um nobre rico e austero. Desde pequena, Bárbara foi mantida isolada na torre do castelo de seu pai, onde recebia ensinamentos dos mais renomados tutores. No entanto, sua curiosidade pelo mundo exterior só crescia.

Do alto da torre, Bárbara contemplava a natureza e suas mudanças. Questionava-se se tudo aquilo era obra dos "deuses" que seus tutores mencionavam, ou se havia um poder maior por trás de toda a criação. Em seus momentos de reflexão, Bárbara encontrava consolo em sua amiga Juliana, uma jovem cristã que vivia secretamente na cidade e que a visitava em segredo.

Juliana introduziu Bárbara aos ensinamentos de Jesus Cristo e ao mistério da Santíssima Trindade. Bárbara, tocada pela mensagem cristã, decidiu se converter. Quando seu pai construiu uma casa de banho na torre, Bárbara pediu que fossem feitas três janelas, representando a Trindade. Ela também esculpiu uma cruz na parede da torre.

Dióscoro, ao descobrir a nova Fé de sua filha, ficou furioso e denunciou-a ao prefeito da cidade. Bárbara foi submetida a terríveis torturas, mas sua fé permaneceu inabalável. Durante esse período, Juliana também foi capturada e sofreu ao lado de sua amiga. Ambas foram condenadas à morte.

Segundo relato, Juliana nasceu em Nicomédia. Ela era filha de um ilustre pagão chamado Africanus. Seu pai era hostil aos cristãos. Secretamente, Juliana foi batizada como cristã. Os pais de Juliana tinham planos de casá-la com Elêusio, um oficial proeminente de Antioquia. Juliana, no entanto, resistiu fortemente, o que surpreendeu seus pais, pois sempre fora uma filha obediente. Elêusio, com sua dignidade ferida, descobriu que Juliana havia se convertido ao cristianismo sem o conhecimento de seus pais. Enfurecido, ele a acusou perante o governador romano, levando-a à prisão.

Mesmo na prisão, Elêusio tentou de todas as formas convencer Juliana a se casar com ele para salvá-la da execução. Juliana, porém, preferia a morte a tomar um pagão como marido. Em um ato de vingança e amargura, Elêusio a açoitou impiedosamente e queimou seu rosto com um ferro aquecido. Juliana, com um leve sorriso, disse: “Na ressurreição dos justos, não haverá queimaduras e feridas, mas apenas a alma. Prefiro ter agora as feridas do corpo que são temporárias, em vez de feridas da alma que torturam eternamente."

Juliana foi submetida a torturas ainda mais cruéis, sendo parcialmente queimada em chamas e mergulhada em uma panela de óleo fervente. Seus gritos ecoavam pelas paredes da prisão, mas sua fé permanecia inabalável. Finalmente, ela foi decapitada, e seu sangue tingiu o chão de vermelho. De acordo com relatos, Elêusio encontrou seu fim trágico, sendo devorado por um leão após um naufrágio em uma ilha desconhecida, como se o destino o tivesse condenado por sua crueldade.

No momento da execução de Bárbara, um evento extraordinário aconteceu. Quando Dióscoro levantou a espada e decapitou sua própria filha, um raio brilhante e filminante riscou o céu e atingiu o cruel pai, que caiu morto instantaneamente, com os olhos arregalados de horror. O povo, atônito e apavorado, assistiu ao corpo de Bárbara ser envolto por uma luz celestial, deixando para trás um silêncio sepulcral e uma sensação de assombro que jamais seria esquecida.

Após esses eventos, Santa Bárbara tornou-se a protetora contra relâmpagos e tempestades. Suas relíquias foram levadas para vários lugares ao longo dos séculos, e sua história se espalhou por todo o mundo. Em Santa Bárbara d'Oeste, a história da Menina Bárbara e de sua amiga Juliana continuou a ser contada de geração em geração, relembrando a coragem e a fé inabalável dessas duas jovens. Atualmente o Dia de Santa Juliana de Nicomédia é celebrado no dia 16 de fevereiro, e de Santa Bárbara acontece no dia 4 de dezembro.

 




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