O Parquinho do Panambi em Santa Bárbara d'Oeste, inaugurado no dia 13 de outubro de 1979 em comemoração ao Ano Internacional da Criança, era um refúgio de alegria e magia. O local, era o Centro Municipal de Recreação Infantil "Dona Antonieta Mauro Biondi", também chamado carinhosamente de Parque do Panambi, abrigava um encantador mundo de diversão infantil.
Com o passar do tempo, e algumas reformas o Parquinho do Panambi começou a contar com um Minizoologico, pequenos animais e aves, macacos encantavam a todos.
Durante anos, o Parque do Panambi foi um lugar onde risos infantis misturavam-se com o canto das aves e a curiosidade dos pequenos animais. Mas, em 1991, o parque passou por mais uma reforma. Os brinquedos foram renovados, jardins foram revitalizados, para alegrar os visitantes. Entretanto, em meio a toda a renovação, para a tristeza de todos o minizoológico foi desativado.
Os animais, antes tão queridos, foram transferidos para o Parque Ecológico. Mas um morador inesperado, um jacaré de papo amarelo, oculto, espreitando entre as sombras do parque. Mas por uma serie de contratempos o minizologico tambem teve que ser desativado,
Com a desativação do Parque Ecológico em 2000, a maioria dos animais foi transferida para outros parques da região. Exceto o temido jacaré de papo amarelo, cuja captura parecia um desafio digno de uma lenda urbana.
A transferência do jacaré no Parque Ecológico enfrentou um épico contratempo. A equipe do criadouro de Artur Nogueira, que viria buscá-lo, encontrou um adversário feroz. Tentaram laçar o réptil agressivo inúmeras vezes, mas ele desaparecia nas águas como um fantasma, frustrando todos os esforços de seus captores.
A notícia da transferência atraiu uma multidão de curiosos, transformando o parque em um cenário de suspense. A veterinária de plantão, temendo aumentar a agressividade do animal, optou por não provocá-lo. O Ibama, por sua vez, empreendeu uma busca meticulosa para encontrar um local adequado para a nova morada do jacaré.
Em 2005, com cerca de cinco anos, pesando mais de 60 quilos e medindo 1,60 metros de comprimento, o jacaré já se tornara uma figura quase mítica. Os moradores começaram a notar o desaparecimento misterioso de cães e gatos na proximidade do parque, alimentando a suspeita de que o jacaré era o responsável, e assim, ele continuou a aterrorizar e fascinar a comunidade, consolidando seu lugar na história local.
Nas profundezas da fauna, o jacaré, um caçador astuto com poucos predadores naturais, reinava soberano no córrego que cortava a cidade passando por diversos bairros muito populosos. Alguns acreditam que, por meio da partenogênese, uma fêmea poderia ter engravidado sozinha, perpetuando a espécie. E assim, sussurram os mais temerosos, talvez haja mais jacarés à espreita, esperando pacientemente por sua próxima refeição.
Quem ousa desvendar os segredos do corrego e enfrentar o olhar penetrante do jacaré devorador? O mistério ainda ronda as ruas de Santa Bárbara d'Oeste, e os moradores, com um arrepio na espinha, perguntam-se: quantos mais se escondem nas sombras?